Os três jornalistas, um moçambicano e dois sul-africanos, detidos na quarta-feira (13) quando procuravam fazer a cobertura das manifestações “contra fraude eleitoral” em Moçambique já estão em liberdade.
Segundo o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), trata-se de Charles Magwiro, da Rádio Moçambique, e Bongani Siziba e Sbonelo Mkhasibe, do canal nigeriano NewsCentral Africa TV.
O CDD recorda que, no âmbito das manifestações, foi o segundo caso de ataque que envolveu jornalistas estrangeiros. O primeiro foi a expulsão do território nacional de dois jornalistas da CMTV de Portugal. Neste caso, não foram detidos, mas obrigados a abandonar o país.
“A detenção dos jornalistas é mais um ataque directo à liberdade de imprensa, com impacto no direito à informação, direito humano básico” nota o CDD.
Desde a chegada dos jornalistas sul-africanos, todas as tentativas de contacto tinham fracassado.
A sua detenção incomunicável não apenas lhes retirou a liberdade, mas também lhes negou o direito de se comunicarem com colegas, familiares ou advogados.
As autoridades não forneceram informações sobre a sua condição ou as razões para mantê-los sem contacto – uma medida preocupante que parece ser uma tentativa de silenciar a cobertura internacional da crise em Moçambique.